Imprensa O futuro orçamento europeu para a ciência e inovação

Artigos de Opinião | 16-09-2011 in O Algarve

Desde meados de 2010 que me bato no Parlamento Europeu, nas várias comissões de que sou membro, pelo aumento do orçamento europeu para a ciência e a inovação. As condições políticas em que o tenho feito são particularmente adversas. Recordo, por exemplo, que no final de 2010 os líderes do Reino Unido, da Alemanha e da França, acompanhados pelos da Dinamarca e da Finlândia, em carta dirigida ao Presidente da Comissão, Dr. Durão Barroso, exigiam uma abordagem restritiva ao orçamento europeu para 2014-20. A ideia de que a ciência e a inovação pudessem beneficiar de uma dotação orçamental reforçada e de que o próprio orçamento comunitário pudesse ser significativamente aumentado, parecia uma miragem.

Não obstante, esta ideia era correcta. Ela vinha ao encontro da necessidade, cada dia mais premente, da Europa aumentar a sua competitividade na arena internacional, diminuir o desemprego, sobretudo entre os mais jovens, e relançar a economia após um período de crise e estagnação. A melhor forma de assegurar o dinamismo da economia é apostar na inovação e para tal é fundamental apoiar o trabalho dos cientistas e dos investigadores que desenvolvem a sua actividade no espaço europeu.

Foi um longo percurso que passou pela mobilização de muitas entidades que se empenhavam no desenvolvimento da ciência e da investigação a nível europeu. Um percurso que culminou na aprovação da minha proposta, consubstanciada num conjunto de emendas, por uma larga maioria de votos dos deputados ao Parlamento Europeu. Ficou assim selada a proposta do Parlamento Europeu de aumentar o orçamento para a ciência e a inovação para 2014-20 dos actuais 50 mil milhões de Euros para 100 mil milhões. Esta proposta será agora objecto de negociação entre o Parlamento, a Comissão e o Conselho Europeus.

Independentemente do resultado final, estou convicta de que as medidas que propus constituem um contributo decisivo para que a Europa possa reforçar a sua capacidade competitiva na arena internacional, assegurando assim o progresso sustentável da qualidade de vida e do bem-estar dos cidadãos europeus.

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